Todos no tribunal a olhavam com ódio e repulsa. Os jurados ainda tinham na cara um risinho sarcástico, que já denunciava qual seria sua decisão. O medo e a culpa atravessavam o peito de Ana, e era cada vez mais difícil conter o choro. – Você precisa ser forte Ana, afinal, foi você quem tomou essa decisão. – era o que ela havia pensado durante todo o julgamento – Se você tivesse ficado com seu marido, tudo teria dado certo.
- Você foi uma menina má, Ana – Agora era sua mãe quem falava, com o rosto marcado pela decepção – e agora você vai ter que pagar por isso.
Marcus estava lá, ao lado de todos a quem ela amava, e era confortado por eles. Ao seu lado também estava a Outra, rindo abertamente da desgraça de Ana. Mas havia algo estranho... Não, não podia ser... Ela está... – Está esperando um filho dele!
O grito foi tão alto que até Jéssica, no quarto ao lado, acordou. Quando chegou, Ana estava sentada na cama, com as lágrimas escorrendo desesperadamente pelo rosto. Jéssica teve pena da irmã. Já faziam quatro noites, e os pesadelos não a deixavam em paz.
Aquela semana não havia sido fácil para ninguém naquela casa, muito menos para Ana. Foi difícil convencê-la a ficar, mas aos poucos ela aceitou que fora Marcus quem errara e que ela era a vítima da situação. Na verdade, a idéia não havia ficado muito clara, como mostravam seus pesadelos. Ninguém conseguia entender a culpa que Ana sentia, mas todos acharam melhor não pressioná-la demais.
A raiva que a família sentia de Marcus aumentou consideravelmente com o fato de que ele nem apareceu para se explicar. Por um lado, eles sabiam que era melhor assim, para que Ana não metesse os pés pelas mãos; mas aquilo só aumentava sua certeza de que era a responsável por tudo.
- Ele ficou esse tempo todo comigo por pena, Jessie. Eu era um peso para ele, um peso que ele foi obrigado a carregar durante todos esses anos. Como posso culpá-lo por querer se relacionar com uma mulher completa?
Meu Deus! – pensou Jéssica. Ela nunca vira a irmã naquela situação. Por mais que sempre tenha sido submissa, Ana sempre se valorizara. Agora percebia que Marcus devia tê-la manipulado por todo esse tempo, de uma forma muito desumana.
- Ana, você é uma mulher maravilhosa! Marcus teve uma sorte enorme por ter você na vida dele por tanto tempo, mesmo não merecendo. E não me venha com essa história de completa, por favor!
- Você sabe que é verdade! Todos sabem e fingem achar uma bobagem, mas no fundo tem pena de Marcus! Eu deveria ter saído da vida dele muito antes, Jessie!
- Você foi uma menina má, Ana – Agora era sua mãe quem falava, com o rosto marcado pela decepção – e agora você vai ter que pagar por isso.
Marcus estava lá, ao lado de todos a quem ela amava, e era confortado por eles. Ao seu lado também estava a Outra, rindo abertamente da desgraça de Ana. Mas havia algo estranho... Não, não podia ser... Ela está... – Está esperando um filho dele!
O grito foi tão alto que até Jéssica, no quarto ao lado, acordou. Quando chegou, Ana estava sentada na cama, com as lágrimas escorrendo desesperadamente pelo rosto. Jéssica teve pena da irmã. Já faziam quatro noites, e os pesadelos não a deixavam em paz.
Aquela semana não havia sido fácil para ninguém naquela casa, muito menos para Ana. Foi difícil convencê-la a ficar, mas aos poucos ela aceitou que fora Marcus quem errara e que ela era a vítima da situação. Na verdade, a idéia não havia ficado muito clara, como mostravam seus pesadelos. Ninguém conseguia entender a culpa que Ana sentia, mas todos acharam melhor não pressioná-la demais.
A raiva que a família sentia de Marcus aumentou consideravelmente com o fato de que ele nem apareceu para se explicar. Por um lado, eles sabiam que era melhor assim, para que Ana não metesse os pés pelas mãos; mas aquilo só aumentava sua certeza de que era a responsável por tudo.
- Ele ficou esse tempo todo comigo por pena, Jessie. Eu era um peso para ele, um peso que ele foi obrigado a carregar durante todos esses anos. Como posso culpá-lo por querer se relacionar com uma mulher completa?
Meu Deus! – pensou Jéssica. Ela nunca vira a irmã naquela situação. Por mais que sempre tenha sido submissa, Ana sempre se valorizara. Agora percebia que Marcus devia tê-la manipulado por todo esse tempo, de uma forma muito desumana.
- Ana, você é uma mulher maravilhosa! Marcus teve uma sorte enorme por ter você na vida dele por tanto tempo, mesmo não merecendo. E não me venha com essa história de completa, por favor!
- Você sabe que é verdade! Todos sabem e fingem achar uma bobagem, mas no fundo tem pena de Marcus! Eu deveria ter saído da vida dele muito antes, Jessie!